A menos de três semanas para o fim do verão, os municípios baianos ainda não receberam os repelentes que seriam distribuídos pelo Ministério da Saúde para beneficiários do programa Bolsa Família. A medida foi anunciada pela pasta em janeiro de 2016, e em dezembro do mesmo ano, o ministério reafirmou a distribuição, que ainda não ocorreu na Bahia. Dezenove estados já receberam o produto.
Para a Bahia, estão previstos 210 mil frascos de repelente. A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) informou que não conseguiu receber o lote durante o carnaval porque não tinha local suficiente para guardar a carga. Conforme a secretaria, os repelentes deves começar a ser entregues a partir do dia 15 de março no estado.
Uma das proteções eficazes contra do aedes aegypti é o uso repelente. Quem concorda e usa é a estudante Laíne Santos, que está grávida, e disse se sentir mais segura ao usar o produto. “De quatro em quatro horas, sem esquecer de passar”, disse.
Enquanto os repelentes não são distribuídos, a população, principalmente as grávidas precisam pagar pelo produto que custa entre R$ 9 e R$ 70, o frasco. Em Itabuna, que fica no sul da Bahia. e tem um dos maiores índices de infestação (24,1%) do mosquito no país, a dona de casa Cristiane Alves está perto de ter bebê. Com o marido desempregado, ela relata que teve dificuldade para usar repelente durante a gestação.
Dica do especialista
Os especialistas pedem que o repelente seja usado de dia e de noite pelas gestantes. Ainda assim, as grávidas devem usar calças, blusas com mangas compridas e meias. Também é importante colocar telas em janelas que fiquem abertas e evitar criadouros do mosquito em casa.
“As pessoas estão se descuidando. No início, quando começaram a descobrir os casos de microcefalia a preocupação era maior. As pessoas agora não estão usando o repelente de forma regular. Então, as pessoas precisam se preocupar com isso”, explicou a infectologista, Ceuci Nunes.
por G1