Justiça manda derrubar as barracas de praia Axé Moi e Tôa Tôa

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A semana em Porto Seguro começa com uma notícia que cai como uma bomba, prometendo mexer com a vida da cidade. Através de uma nota publicada na internet, o vice-prefeito e proprietário do Complexo de Lazer Axé Moi, Beto Nascimento, afirma que o procurador da Justiça Federal em Eunápolis, Fernando Zelada, mandou derrubar as barracas de praia Axé Moi e Tôa Tôa. “Aliás, não só mandou derrubar, mandou fechar imediatamente as barracas de praia, decisão que achamos estranha e desproporcional. Logo em seguida a estas duas barracas, a ordem virá para todas as outras, sem exceção”, diz o texto.

Segundo Beto, a ordem do juiz é para fechar as barracas de praia já nesta segunda-feira, 11/09. “Isso coloca em risco o turismo de Porto Seguro e vai destruir o ganha pão de milhares de pais e mães de família, colaboradores, ambulantes e fornecedores. Com a falta de turistas os hotéis também serão afetados, o desemprego irá aumentar e as consequências para Porto Seguro são as piores possíveis”, afirma. O vice-prefeito informa ainda que “já estão sendo tomadas as providências necessárias para evitar essa tragédia para Porto Seguro e para os que vivem do turismo”. Ax Moi 1

A notícia foi confirmada também pelo diretor da barraca Tôa Tôa, o vereador Paulo Onishi. Para ele, “o momento é de unir forças, pois nossa cidade sofreria demais sem essas barracas”. O vereador argumenta que essa questão envolve hotéis, taxistas, mototaxistas, ambulantes, garçons, terceirizados e o comércio em geral, já que todos os insumos são adquiridos aqui, através de uma estrutura que movimenta R$ 15 milhões por ano. “Precisamos mostrar ao Brasil que Porto Seguro merece um tratamento diferenciado. Nesse momento temos que agir com muita consciência da nossa responsabilidade. E unir forças em torno de um movimento sereno, para impedir que isso aconteça”, sugere Paulinho Tôa Tôa.

Na opinião do vice-prefeito, a derrubada das barracas de praia pode ser o fim de Porto Seguro. “Como faremos para ocupar os 43 mil leitos da cidade? Será que o turista continuará vindo para cá sem ter local apropriado para recebê-lo na praia, que é onde ele passa o maior tempo do seu passeio?”, questiona.

Veja a íntegra do texto publicado pelo vice-prefeito, Beto Nascimento:

Amigas e Amigos,

Nunca pensei que escreveria essa mensagem, mas venho informar que o juiz federal em Eunápolis mandou derrubar o Axé Moi e o Toa Toa. Aliás, não só derrubar, mandou fechar imediatamente as barracas de praia, decisão que achamos estranha e desproporcional. Logo em seguida a estas duas barracas, a ordem virá para todas as outras, sem exceção.

Isso coloca em risco o turismo de Porto Seguro e vai destruir o ganha pão de milhares de pais e mães de família (colaboradores, ambulantes e fornecedores).

Com a falta de turistas os hotéis também serão afetados, o desemprego irá aumentar e as consequências para Porto Seguro são as piores possíveis.

As barracas de praia são importantes atrativos de nossa cidade e oferecem aos visitantes toda a comodidade necessária, desde mesas e cadeiras, passando por garçons, boa comida, até banheiros, chuveiros, música e segurança. Pesquisas do SEBRAE/BA mostram que o grande diferencial da nossa cidade são as praias e as estruturas de praia que se tornaram um fator decisivo para o turista escolher vir nos visitar. Vejam que o turismo de Salvador acabou depois que tiraram as barracas de lá.

Não ia trazer esse assunto em público para não causar instabilidade nesse momento, mas em respeito aos que tem me ligado e a todos que serão afetados, não poderia deixar de comentá-lo.

A ordem do juiz é para fechar as barracas de praia nessa segunda-feira. Estamos tomando as providências necessárias para evitar essa tragédia para Porto Seguro e para os que vivem do turismo.

Não ficarei parado vendo isso acontecer. Estou Indo a Brasília e vamos lutar com todas as nossas forças para evitar esse absurdo.

Já apresentamos um recurso na justiça que deve ser apreciado em breve pelo Tribunal Federal em Brasília, que deverá decidir se mantém ou não essa decisão de acabar com as barracas.

Estou bastante confiante que vamos reverter essa decisão e buscaremos todos os meios para salvar o turismo de Porto Seguro. As barracas são local de trabalho de tanta gente: garçons, cozinheiros, limpeza,  ambulantes. São tantas famílias que tiram seu sustento honesto do movimento gerado pelas barracas.

Isso pode ser o fim de Porto Seguro. Como faremos para ocupar os 43 mil leitos da cidade? Será que o turista continuará vindo para cá sem ter local apropriado para recebê-lo na praia, que é onde ele passar o maior tempo do seu passeio?

A prefeitura também está agindo e tão logo tomou conhecimento da decisão entrou com recurso para impedir essa barbaridade.

Enfim, essa é a triste realidade que vivemos no momento, mas estamos confiantes de que isso não acontecerá.

Sei que haverá exploração política daqueles que preferem o caos, talvez alguns achem isso bom, mas quero alertá-los para essa reflexão e chamar aqueles que entendem a importância das barracas de praia e do turismo para toda Porto Seguro.

Por Jornal do Sol