Bahia tem 125 emergências reconhecidas pela União

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Das 125 situações de emergência em municípios baianos reconhecidas pela União em 2016, 16 ocorreram no início do ano por causa de chuvas. Em 109 deles, a causa é a seca que está prejudicando cerca de 1,5 milhão de pessoas no estado, com problemas como falta d’água para abastecimento humano e animal e as perdas na agropecuária.
América Dourada e Bonito foram os dois últimos da Bahia que entraram na lista nacional. O estado tem mais de 20 municípios em processo de reconhecimento por parte da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec). Até que chegue neste estágio, os gestores municipais atingidos devem emitir um decreto de emergência, procurar a Defesa Civil do estado e Sedec.
Só depois da avaliação dos técnicos da Sedec, vinculada ao Ministério da Integração Nacional, é reconhecida a situação de emergência por parte da União, e o município começa a receber os carros-pipa, as bolsas-seca e os agropecuaristas têm a chance de renegociar dívidas contraídas para a produção agropecuária.

Em Bonito, situado na Chapada Diamantina, a produção de café é uma das principais atividades econômicas e foi afetada duramente pela falta de chuvas neste ano.
“Foi uma grande decepção, pois perdemos acima de 50% da produção de café, o que é um desastre para uma pequena propriedade”, afirmou o técnico agrícola Fernando Coimbra.

Começar de novo
“Só com a ajuda do estado e da União para a gente recomeçar. Conheço produtores que estão endividados no banco e não colheram nada, nem para comer, nem tem água para beber. A situação está crítica”, afirmou Coimbra, morador da zona rural de Bonito.
Conforme o Ministério da Integração Nacional, até o dia 30 de setembro passado, havia 1.543 municípios em todo o Brasil com situação de emergência reconhecida pela União. A Paraíba é o estado campeão, com 170 municípios, seguido de Minas Gerais, com 154 reconhecimentos, e do Rio Grande do Norte, com 153.
Conforme as previsões meteorológicas, embora tenha chovido em algumas regiões do estado durante esta semana – inclusive em municípios que estão em estado de emergência por causa da estiagem -, as chuvas fortes que podem encher os rios e reservatórios e mudar a situação só devem chegar a partir do final de outubro e início de novembro. Fonte: Miriam Hermes – Atarde