Wagner, de Plano B de Lula ao olho do furacão da Lava Jato

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Foto: Josemar Pereira/ Ag. Haack/ bahia.ba

Até que ponto a ação da PF no caso da Arena Fonte Nova vai atingir Jaques Wagner politicamente? E se juridicamente atingir, até onde pega a banda política, como no caso de Lula?

Eis a questão: sempre citado como o Plano B do PT na disputa presidencial, caso Lula não se candidate (o que parece cada dia mais provável), o que vai acontecer? Wagner lidera todas as pesquisas na disputa pelo Senado e é um dos esteios fortes no time de apoio a Rui Costa.

Noutras palavras, é figura top na cena política baiana, ator importante nos embates de 2018.

A PF não prendeu ninguém, apenas fez buscas e apreensões. Mas a delegada Luciana Matutino acusa Wagner de ter recebido R$ 82 milhões em propina, o que não é coisa pouca.

Lá atrás, a Fonte Nova emergiu para o noticiário pelo conselheiro Pedro Lino, que disse ter achado ‘muito elástico’ a previsão de custo entre R$ 200 milhões e R$ 639 milhões.

Agrava a situação o fato de que a transação foi feita com a Odebrecht e a OAS, as duas grandes empreiteiras baianas meladas até o pescoço na Lava Jato.

Seja como for, o mundo político ainda está na expectativa. Pelo que saiu até agora, Wagner deixa o conforto de ser citado como Plano B de Lula e entra no olho do furacão.

Levi Vasconcelos é Jornalista político, Diretor de Jornalismo do Bahia.ba, e titular da Coluna Tempo Presente do Jornal A Tarde – BAHIA.BA