
A geração de empregos formais no Brasil teve uma queda de 38% nos primeiros dois meses do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia. No primeiro bimestre deste ano, foram criadas 326.356 vagas de emprego formal, enquanto no mesmo período do ano passado, sob gestão de Jair Bolsonaro (PL), foram contabilizados 520.549 novos postos de trabalho com carteira assinada. A comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores. Essa é a menor soma de vagas formais para os dois primeiros meses do ano desde a reformulação do Caged em 2020.

Apesar da queda geral, quatro dos cinco setores pesquisados pelo Caged tiveram saldo positivo em fevereiro de 2023. O setor de serviços liderou a abertura de postos de trabalho, com 164,2 mil vagas criadas, seguido pelo setor da construção civil, com 40.380 postos abertos, e a indústria, com 22.246 empregos com carteira assinada. O nível de emprego na agropecuária também aumentou, com a criação de 16.284 postos. No entanto, o setor do comércio extinguiu empregos com carteira assinada em fevereiro, com o fechamento de 1.325 vagas.
Todas as regiões do país tiveram saldo positivo na criação de empregos em fevereiro, com destaque para o Sudeste, que liderou a abertura de vagas, com 110.575 postos a mais. O Sul vem em seguida, com 63.309 postos, e o Centro-Oeste, com 29.959 postos. O Nordeste abriu 23.164 postos de trabalho, enquanto o Norte criou 12.456 vagas formais no mês passado. São Paulo liderou o ranking com a abertura de 65.356 postos, seguido por Minas Gerais, que criou 26.983, e Paraná, com mais 24.081 empregos formais. Os menores aumentos ocorreram no Amapá, com apenas 139 postos, Alagoas, com mais 160, e Roraima, que registrou 220 novos empregos com carteira assinada.
A queda na geração de empregos formais nos primeiros meses do governo Lula é um desafio para a nova gestão, que enfrenta o desafio de retomar a economia após a pandemia de COVID-19 e superar a crise econômica que o país enfrenta.